quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Não posto mais aqui por tempo indeterminado.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

"Que recordações! Lembro-me, por exemplo, de que neste local, há justamente um ano, precisamente a esta hora, neste mesmo passeio, vagueei tão solitário e tão sombrio como hoje! E repare que nessa altura também os pensamentos eram tristes; ainda que não fosse mais feliz, sentia, apesar de tudo, que a vida era mais fácil e tranqüila, não existindo nela esta idéia negra que agora a mim se apegou; nada desses problemas de consciência, sombrios e severos remorsos, que nem de dia nem de noite me deixam descansado. E uma pessoa interroga-se: mas então onde estão os teus sonhos? E sacode a cabeça, dizendo: como os anos passam depressa!... E novamente nos interrogamos: mas o que fizeste tu dos teus anos? Onde foste enterrar o teu tempo mais precioso? Viveste verdadeiramente? Sim ou não? Repara, dizemos para nós mesmos, repara como o mundo arrefeceu. Passarão ainda mais anos e, após eles, virá a triste solidão, virá com a sua bengala a vacilante velhice e, após eles, o tédio e o desespero. O teu mundo fantástico empalidecerá; os teus sonhos morrerão, fenecerão, cairão como as folhas mortas caem das árvores... Oh, Nastenka, como será triste ficar só, completamente só, e não ter absolutamente nada a lamentar, nada de nada..., pois tudo o que se perdeu, tudo isso junto, não significa nada, é um zero estúpido e perfeito, tudo não terá passado de um sonho!"


"Eu dizia sempre comigo: visto que sabes que os outros são tolos, por que não procuras ser mais inteligente?
Depois reconheci que, para esperar o mundo ser inteligente, seria necessário ter grande paciência.
Mais tarde convenci-me de que esse momento nunca chegaria, que os homens não mudarão, e que sempre se perde tempo a querer modificá-los!
Sim, é isto uma lei da natureza."


Tem mais.

(post passado pura tpm, jesus)

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Impaciência.

Nada mais me agrada, não quero fazer mais nada do que eu faço sempre.
Não quero mais estudar, não quero mais trabalhar... cansei. Preciso aquela coisa de extrapolar.

E dá uma angústia tão grande, mas tão grande.




Desandei.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Preguiça.
Bate o desânimo... chega aquela hora que todo mundo é insuportável... mas eu já fui pior. Ah, se já.
No pré eu não gostava de ninguém e achava todo mundo burro. As pessoas eram chatas.
Na segunda série ficou pior ainda. E as pessoas eram MAIS chatas.

Elas ainda são. As pessoas não mudam.

Eu sou a chata. Eu não mudo. Eu queria gostar mais das pessoas... falo sério. Ser desse meu jeito não me faz uma pessoa melhor.
Sou assim às vezes. Tem horas que as pessoas (eu) são (sou) legais (legal).

Eu não me suporto. Eu simplesmente não me suporto.
(post anterior era a redação pra psicologia, lembrando-se da pirâmide de Maslow).

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Fazer o bem, faz bem?

Tempos modernos. A correria e o stress já fazem parte do dia-a-dia de todo mundo. Dinheiro é sinônimo de felicidade. Só há tempo para pensar em como fazer dinheiro e às vezes em você - pensar nos outros é besteira.
Infância. Ajudar seu pai a lavar o carro. Ajudar sua mãe a cozinhar. Brincar até cansar. Rir, correr, pular, não se preocupar. E chorar quando seus pais saírem para trabalhar.

Falando no celular - não vê a senhora atravessando a rua. Quase. E você ainda achou ruim.
Olhando as horas no relógio - reclama do maltrapilho que vem lhe pedir um mísero pão. "Vai trabalhar".
Pensando na reunião de amanhã - briga com seu filho porque ele lhe atrapalha quando vem pedir pra brincar um pouco. "Arranje um amigo".

Prédios altos, avenidas congestionadas, buzinas fazendo um barulho infernal. Não há tempo para compartilhar, para rir, para se sentir bem, para fazer o bem, para jogar conversa fora. Tempo é dinheiro.

Fazer o bem: suprir suas necessidades (segurança, social e realização pessoal) e suprir a necessidade alheia (todas, incluindo as fisiológicas). Mas não há tempo, deixa pra lá.

Falhamos na motivação.

terça-feira, 17 de julho de 2007

A sociedade acomodada.

As pessoas lutam, insistem e não desistem daquilo que elas realmente querem. Se querem realmente, conseguem; isso todo mundo já sabe. Mas agora tem uma coisa que ninguém nunca parou para pensar: após um tempo, depois de ter conseguido, quantas dão valor? Por algum tempo - ou até muito - dá-se muito valor, realmente. Mas e depois? Aquilo desgasta, aquilo cansa e você já nao quer mais. É como uma criança quando ganha um brinquedo: brinca, brinca, brinca e depois o deixa de lado.
Um emprego. Você sem dinheiro, desempregado. Um emprego é seu maior desejo no momento. Então você corre atrás, entrega currículos pra todas as empresas, fica noites antes de dormir imaginando-se empregado. Ah, a entrevista! Você foi chamado para uma entrevista! Meus parabéns, vejo que está feliz, muito feliz. Você vai todo elegante para a entrevista, sorriso de orelha a orelha. Quanta ansiedade dias após a entrevista... o telefone toca e felicidades: você foi contratado. Primeira semana trabalhando, quanto bom humor! Primeiro mês trabalhando, ainda de bom humor. E no terceiro mês já chega um pouco desconfortável. No quinto mês reclama do chefe como nunca. No sexto já precisa de férias. No nono mês não aguenta mais. E no seu primeiro ano completo de trabalho na empresa sua produtividade cai como nunca e já procura outro lugar para trabalhar.
A tão esperada faculdade de medicina. Você sempre quis fazer medicina, em toda a sua vida. Estuda como louco para o vestibular, gasta dinheiro com cursinho e livros. Sim, você passou! Também, depois de tanto esforço... seus pais estão felizes também. Há pessoas legais na sua classe, os professores e as aulas são legais também. Tudo mil maravilhas. Faltar pra beber cerveja no barzinho da frente não mata ninguém, uma vez só. Uma vez só por semana também não mata ninguém. Ah, as provas! Essas malditas provas... Os trabalhos? Você os odeia. Estágio não quer. E você não dá a mínima pr'aquela faculdade de medicina que você sempre sonhou, e quando vê já repetiu...

Insatisfação. Exigência. Acomodação.

Não precisa limpar a casa porque já tem o tapete na porta que retém a sujeira dos sapatos. Aliás, os sapatos, para quê engraxá-los? Depois de algum tempo já vão estar feios de novo. Comida não precisa mais de tanto trabalho para fazê-la, existe a congelada. Lavar a louça? Põe na máquina. Não precisa fazer nada, nada... ou as máquinas fazem, ou não é necessário. Que fiquem todos em seus respectivos sofás. E as tardes na casa dos avôs (nós!) não vai mais ter cheiro de planta e nem de torta de maçã, vai ter o cheiro da preguiça e do caos.